terça-feira, 4 de março de 2008

HUMOR FORENSE

Dizem que rir é o melhor remédio. Pois é. O humor relaxa, atenua as tensões. Às vezes uma piada encerra sabedoria, quando embrulha filosofia em humor.
Quando advogado costumava anotar piadas forenses. Para relaxar, acho que vale a pena soltar algumas aqui. Lá vai:
Estava sendo julgado um individuo que não tinha profissão certa.
- O que é que você faz? – perguntou o Juiz.
- Não faço nada, ando por ai circulando, respondeu o réu.
O Juiz leu a sentença:
- Retirado da circulação por 30 dias...
E esta outra:
Orientado pela defesa para negar tudo, o acusado ao ser interrogado pelo Juiz e indagado o seu nome, logo respondeu:
- Fique sabendo o Dr. que é a primeira coisa que eu nego!
Outra, envolvendo magistrado:
O Juiz ao interrogar o acusado de furto de roupa:
- Mas o senhor ao fazer isso sequer pensou na sua mulher e na sua filha?
O acusado:
- Pensei sim Dr., mas é que só havia roupa para homem.
Há quem se aborrece com piadas. Nas listas de discussão da Internet vi protestos contra ditos jocosos enviados por email. Nesses ciberespaços alguns só querem tratar de coisas serias. Acho lamentável a censura. Aliás, criar uma estória engraçada não é para qualquer um. É preciso ter talento e inteligência. Veja como é espirituosa esta facécia:
Condenado o acusado – que já tinha mais de 60 anos – a 90 anos pelos três homicídios e por ser reincidente, diz ao Juiz ao ouvir a sentença:
- Se o Dr. me ‘agarante’ que eu vivo tudo isso, eu quero essa pena!
E esta outra:
Alegação do advogado de defesa do motorista que atropelou e fugiu:
- Meritíssimo, a culpa só pode ser desse pedestre que ficou ferido no atropelamento. Meu constituinte é um motorista experimentado, com carteira há mis de 20 anos e sem nunca ter causado um único acidente!
Resposta do advogado de acusação:
- Se experiência é o que conta, nesse caso o meu constituinte não pode ser culpado. Há 50 anos que é pedestre...
Esta foi publicada no Jornal Informativo do Ministério Publico da Paraíba:
A magistrada e a defensora pública discutiam sobre o duplo ato praticado em processo penal.
Ao adentrar no recinto, e tendo o promotor público sido indagado se o duplo ato seria ou não válido, opinou:
- O que abunda não vicia nem faz falta.
Mal chegou a concluir o seu raciocínio, foi interpelado pela Juíza, que irritada lhe disse:
- Dr. Promotor, não só mereço como exijo respeito!
- Mas doutora eu não faltei com respeito a V. Excelência – retrucou o promotor.
- Então porque o senhor vem falando em nádegas?
Feita a devida explicação, convenceu-se a Juíza de que confundira o verbo com o da região glútea. E voltaram a conversar amistosamente.
Esta chalaça é verídica. Aconteceu em Mamanguape:
No júri, depois de acirrada discussão entre a defesa e a acusação, havendo troca de insultos de parte a parte, quase descambando para a baixaria, a promotora disse para o advogado da defesa:
- De nada adianta os seus insultos. O que vem de baixo não me atinge!
Incontinente, retrucou o advogado:
- Então a senhora deveria sentar em cima de um formigueiro para ver o que acontece!
O fato verídico seguinte; foi-me relatado pelo Juiz de Cabedelo, Dr. Salvador de Oliveira Vasconcelos:
No interior, durante audiência, ao responder a uma pergunta do Promotor de Justiça a matuta disse:
- Eu não ‘seio’ de nada Seu Zé!
A Juíza logo tomou as dores e impôs a sua autoridade:
- Não admito isto em sala de audiências! Onde já se viu chamar o Promotor de Justiça de Seu Zé!!! A senhora faça o favor de ter respeito com o Fiscal da Lei!
De pronto a matuta respondeu:
- Desculpe Dona Maria!... Mas é assim mesmo o habito nos sítios do interior. As pessoas são tratadas por “Seu Zé” e “Dona Maria”...

‘Valério Bronzeado’

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