segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Traição Mineira

Mineirim no leito de morte, decidiu ter uma conversa definitiva com a sua companheira de toda a vida sobre a fidelidade da mesma:

- Muié, pode falá sem medo... já vô morrê mess e prifiro sabê tudim direitim...

- Ocê arguma veiz traiu eu? - Ô Zé, num fala dessas coisa que eu tenho vergonha..... - Pode falá muié.... - Quero não...
- Fala muié, disimbucha...

- Mió dexá pra lá, Zé.

- Vai, conta...

- Queto Zé, morre em paz...Depois de muita insistência ela resolveu abrir o jogo:

- Tá bão Zé, vou contá, mais num mi responsabilizo....

- Pode contá.

- Ói Zé, traí sim, mas foi só trêis veiz.

- Intão conta sô! Trêis veiz nessa vida toda até qui num foi muito!

- A primera foi quando cê foi demitido daqueli imprego qui ce brigou cum chefe.

- Ué, mas eu fui adimitido dinovo logo dispôis sô...

- Pois é Zé...eu fui lá cunversá cum ele, acabei dano pra ele e ele ti contratô di vorta.

- Ah, muié, cê foi muito boa cumigo...essa traição num dá nem pra leva a mar, foi pela necessidade da nossa famía...tá perdoada. E a segunda?

- Lembra quando cê foi preso pru modi daquele furdunço que cê prontô na venda?

- Lembro muié, mas num fiquei nem meio dia na cadeia.

- Pois é Zé...eu fui lá cunversá cum delegado e acabei dano pra ele ti sortá.

- Ê muié, isso nem conta também não, a carza foi justa...imagina ficá preso lá um tempão. Ocê nem me traiu, foi pela nossa famía e pela minha liberdade, uai. E a úrtima?

- Lembra quando cê si candidatô pra vereadô?

- Lembro muié...quase me elegeru.

- Pois é... eu qui consegui aqueles 4.752 voto...

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