domingo, 5 de junho de 2011

Contra o frio no Alentejo

 Um dia frio de inverno, chega Joaquim no armazém do Manuel.

 - Manuel, quero uma dessas bolsas de borracha que você coloca água
quente e que serve para esquentar a cama e manter os pés quentinhos.

 - Que azar, Joaquim; hoje de manhã vendí a última para Maria.

 - E o que eu faço com esse frio do diabo que faz à noite?

 - Fique tranquilo, eu posso lhe emprestar meu gato.

 - Seu gato?

 - Meu gato é gordinho, você pode colocar nos pés na hora de deitar, e você vai ver como ele vai te esquentar a noite toda.

 Na próxima terça-feira chegam as bolsas, aí você vem pegar uma e me devolve o gato.

 - Tudo bem. Obrigado.

 Joaquim pega o gato e vai embora pra casa.

 No dia seguinte, volta com a cara toda desfigurada, aranhada pelo gato.

 - Manuel, vim devolver seu gato de merda! Olha como me deixou o filho da puta!

 - Mas como! O que aconteceu? Ele é tão manso!

 - Manso? Uma ova!

 «O funil no cu,  ele aguentou bem, mas quando comecei a deitar a água quente nele, aí virou uma fera! »

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